Gengibirra
Shiro Wat
Ye’abesha gomen
Panqueca da barriga da baleia
Café
Eis o mapa da lunação que se inicia hoje. A linha horizontal que corta o mapa
em dois, passando pelo centro da circunferência, é a linha do horizonte. O
Ascendente é o ponto em que essa linha encontra a circunferência.
Numa imagem mais luminosa: é onde o Sol nasce.
Imaginemos que o mapa é o mundo cortado ao meio, agora
longitudinalmente.
Você é o ponto de referência então você está no centro do mapa e só
enxerga o que está acima da linha do horizonte. Então você acorda na sua cama no
centro do mapa e vê o Sol nascendo no Ascendente, marcando aproximadamente 6
horas da manhã, subindo no céu com sua carruagem de fogo. Enquanto isso você
continua fazendo suas coisas no centro do mapa, é ali que você toma café da
manhã, limpa caixa de gato, pula corda, responde e-mails e tudo mais. Na hora do
almoço o Sol está no meio do caminho, bem no centro do céu, brilhando, tostando.
No mapa também é assim, o ponto mais alto do mapa, chamado de Meio do
Céu, e marca meio dia. O Sol continua seu movimento em direção à casa 9, 8, até
que passa novamente pela linha do horizonte, e se põe. Vai iluminar o dia das
pessoas que andam de ponta cabeça em relação a nós.
Agora olha o mapa da lunação acima. O Sol (o glifo do Sol é a circunferência
vermelha com o ponto no centro, que está junto com a Lua) está quase no ponto
mais baixo do mapa. Isso indica que é perto da meia noite.
O que chama atenção é que não é só o Sol e a Lua abaixo da linha do
horizonte mas todos os planetas. Se nesse momento você abrir o Skymap ou outro
aplicativo de mapa astronômico e procurar por qualquer um dos outros cinco
planetas utilizados na Astrologia Tradicional, todos estarão abaixo dos seus pés.
Agora olha o mapa seguinte. Para comparação, gerei o mapa do momento da
lunação do outro lado do mundo, de uma localidade na Austrália com a latitude
aproximada de Brasília, nossa cidade de referência. No momento em que a Lua
encontra o Sol aqui, às 11.29h da noite, lá é quase meio dia: 11.40h. Também os
planetas todos acima da linha do horizonte.
É interessante ver isso, não? Mapas com bastantes semelhanças são
também muito diferentes.
Só aquele pontinho de encontro entre o horizonte e a circunferência
determina o sabor de todo o mapa. O que ascende ali?
No mapa da lunação ascende no grau 15 de Capricórnio uma estrela, a Vega,
da constelação da Lira, cuja música encanta homens, deuses, animais e monstros
Mais duas estrelas fixas marcam o ciclo de Áries: Mercúrio está conjunto a
Alpheratz, da constelação de Andrômeda, e os luminares se encontram junto à
estrela Baten Kaitos, da constelação de Cetus, localizada na barriga do monstro.
Essas duas constelações se referem à mesma narrativa:
Perseu, filho de Dânae e Zeus, é aquele que decepou a Medusa. Quando
voltava para casa, com a cabeça decepada em uma sacola, “Perseu parou para
descansar e refrescar-se um pouco em Quêmis, no Egito, onde ainda se rende culto
a ele, e depois continuou seu voo. Ao rodear a costa da Filístia em direção ao norte,
vislumbrou uma mulher desnuda acorrentada a um rochedo marinho, pela qual
imediatamente se apaixonou. Era Andrômeda, filha de Cassiopeia e Cefeu, o rei
etíope de Jopa. Cassiopeia se vangloriava de que ela e sua filha eram mais belas
que as nereidas, e estas foram se queixar do insulto ao seu protetor, Poseidon, que
enviou então um dilúvio e um monstro marinho para assolar a Filístia. Quando
Cefeu consultou o oráculo de Ámon, foi-lhe dito que sua única esperança de
salvação era sacrificar Andrômeda ao monstro. Por essa razão, seus súditos se
viram obrigados a acorrentá-la a uma rocha, totalmente desnuda, embora
conservasse algumas joias, e abandoná-la à mercê do monstro
Quando Perseu voava na direção de Andrômeda, ele viu Cefeu e Cassiopeia
observando ansiosos da margem próxima e foi ter com eles. Com a promessa de
que, caso ele a salvasse, ela lhe seria dada em casamento e voltaria com ele para a
Grécia, Perseu alçou voo novamente, empunhou sua foice e, mergulhando das
alturas alucinadamente, decapitou o monstro que se aproximava, e que se deixara
enganar pela sombra de Perseu projetada no mar. Para que o monstro não
levantasse a vista, ele retirara da sacola a cabeça da górgona, a qual ele depois
depusera com a boca para baixo num leito de algas e plantas marinhas que,
instantaneamente, se transformara em corais.” [1]
Devemos trazer o mito ao nosso contexto. Passo por passo, segura esse
carneiro!
Mercúrio, Lua, Sol e Vênus estão em Áries, todos fortes porque na casa 4,
uma das angulares do mapa.
O Sol se exalta em Áries.
Quando a distância entre o Sol e outro planeta é 8° ou menos, o planeta está
combusto. Isso pode causar diferentes tipos de aflição, a depender da natureza do
planeta e do signo onde estão, mas é inegável que o planeta está no mínimo
nervoso e ofuscado, não consegue enxergar bem.
Portanto Mercúrio e Vênus estão combustos.
Mercúrio com Alpheratz, aliás, está cada vez mais próximo do Sol (Mercúrio anda
mais rápido que o Sol). É Andrômeda já sentindo o bafo do monstro.
Vênus além de combusta está exilada. Vênus se exila em signos de Marte.
Quem está forte é Cetus, o monstro enviado por Poseidon para destruir Jopa.
Sol-Lua-Cetus que neste mapa engole e cega os outros planetas. O site Astrology
King relaciona o monstro Cetus com a Baleia da narrativa bíblica, a que engoliu
Jonas e lhe proporcionou uma combinação de tempo e uma situação apavorante [2]
para fazer reflexões e também para gritar/rezar por socorro.
Joseph Campbell, como de costume, deixa a coisa mais interessante: entrar
na barriga da baleia é uma das etapas da sua jornada do herói. Para ele é um
mergulho no subconsciente, quando o heroi deve deixar de querer ter o controle
racional sobre tudo e entra em contato com uma força natural perigosa e poderosa
que vem da sua raiz.
Nas palavras dele mesmo. Cetus, as represented by Sidney Hall in this card from Urania's Mirror (1825).
(Library of Congress/Sidney Hall)
Na barriga da baleia
Na análise de um planeta devemos sempre olhar o seu dispositor (o planeta
regente do signo onde está o planeta analisado). Áries dá exaltação ao Sol e dá
domicílio a Marte.
Marte está jubilado, muito forte na casa 6, a casa das doenças. Em um signo
de Ar. Marte mutável, capaz de se adaptar e gerar novas cepas. A doença que se
propaga por aerossóis colocou a gente em casa, reféns de Cetus.
Marte em mútua disposição com Mercúrio, deus das trocas, do comércio, da
comunicação, que está impaciente, voluntarioso e rápido na gambiarra
argumentativa do “só uma passadinha ali na casa de fulano, todo mundo tá se
cuidando”, da gambiarra do “só comprar ali um presentinho de natal/páscoa/dia das
mães” mesmo com a loja cheia, como se o respeito não fosse o melhor presente.
Por outro lado, claro, também estão na barriga da baleia o próprio Mercúrio,
então o comércio e as trocas. Mercúrio também é significador da mente racional,
lógica e científica, e Vênus, a significadora dos encontros, dos desejos.
Neste vídeo, Viviane Mosé aqui, a civilização se impõe à natureza. A
civilização como racionalidade, controle, negação do que é trágico e próprio da vida;
o controle dos nossos desejos, através de religião, padrões de imagem perante a
sociedade, marketing. A civilização antropocêntrica e predatória. E agora, a vida,
ingovernável, se impõe. Essa fala vai de encontro ao sugerido por Campbell: ao entrar na barriga da
baleia abrimos mão do suposto controle e agarramos o poder da natureza da qual
somos parte.
Achei muito engraçadinha e pertinente a ilustração abaixo representando as
etapas da Jornada do heroi do Campbell com o monstro marinho no ponto mais
baixo do círculo.
É como o nosso mapa onde Cetus, uma criatura marinha, está num ponto
muito abaixo da linha do horizonte, em profundezas onde não chega a luz. E dentro
dele estamos nós, que sempre vamos com a Lua [3], e ainda mais Jonas, Mercúrio e
Vênus, todos na sua barriga. Não é mesmo como nos sentimos?
Fogo
Como o mapa não traz um texto fechado, podemos mudar uma chave de
leitura: Cetus é uma criatura do mar, mas Áries é um signo de Fogo.
Áries é o signo que traz a primavera, a vitória da vida sobre a morte do
inverno, lembra do Sol Invictus? Não é a vida sendo gestada, como em Câncer, mas
é ela pronta, com pressa de nascer! O que a gente tem, lá no fundo do mapa, das
profundezas do mundo, é Vida! Pulsando, louca pra explodir, é um verdadeiro
vulcão!
Jonas sofreu uma metamorfose durante a viagem na baleia [4] e assumiu a
missão que lhe foi atribuída: ir a Nínive, uma cidade extremamente violenta, entre
outros “pecados”, para dar a mensagem de que Deus a destruiria. E tão importante
quanto a mudança de Jonas, é, também frente a uma ameaça, a mudança de toda a
cidade. Portanto a vida clama mas não do modo como — supostamente — a
moldamos até ontem. Uma manifestação nova, da Vida regida por um Marte forte e
adaptável, ele em trígono e o Sol em sextil com Júpiter, o grande benéfico em
Aquário, signo que dá poder ao coletivo. A vida não precisa jogar fora a cultura
(Gêmeos e Aquário são signos humanos) mas ela precisa ser de todos. E de todos
incluindo então a natureza, os recursos, os animais. Enfim, eu que não conseguiria
exaltar mais a Vida, e Marte, do que a Viviane Mosé. Se você tiver tempo e
disposição recomendo muito.
Para ajudar a traçar um caminho buscamos a Parte da Fortuna. O nome já
sugere. Nos mapas de lunação essa parte está conjunta ao Ascendente então
voltamos pra lá.
Aos quinze graus de Capricórnio está a estrela fixa Vega, da constelação da
Lira. Estrela da natureza de Vênus, a pequena benéfica. Cantemos o amor, mesmo
que perdido, busquemos a harmonia, que é da natureza de Vênus.
A Viviane Mosé comparou nosso tempo a dois prédios: um ruindo e outro
sendo construído. E os dois prédios são o mesmo. É uma imagem tão boa para uma
lunação de Áries na casa 4.
Participemos disso sem repetir o erro do Orfeu, sem olhar para trás com
desconfiança, como se o outro não estivesse cumprindo sua parte no trato. Que
saibamos deixar ruir o que deve ruir e cuidar do que deve se desenvolver.
Menu
A casa 4 trata de raízes em geral: raízes familiares (ancestrais),
propriedades, inícios. De lá traremos dois rizomas, um deles é o gengibre.
Na cozinha há dois termos bastante arianos: o punch (soco) e o kick (chute).
Não sei quais seriam as palavras em português mas é aquele elemento que vai dar
uma levantada nos sabores.
Ao gengibre, garantia de um bom punch em qualquer preparo, vamos dar um
kick: vamos fazer gengibirra. Vênus em Áries mandou um beijo.
A outra raiz é um monstrinho. Quem nunca torceu o nariz para aquela batatinha escura peluda na banca do horti-fruti, e não torceu mais ainda o nariz quando descascou a bichinha e descobriu sua carninha lisguenta, é porque nunca teve a missão de cozinhar um inhame. Mas, como dizem, ajoelhou na barriga da baleia agora tem que rezar [5]. E como esse é o lugar de transformação e renascimento, o inhame também se encaixa direitinho porque ele é muito rico em nutrientes, e a gente precisa ficar forte e sobreviver ainda com forças para reconstruir nossa civilização. Não igual ao que era antes e já nos maltratava, de preferência.
O rizoma traz a imagem da falta de hierarquia. Diferente de uma raiz que tem
um eixo principal de onde saem raízes menores, o rizoma tem um desgoverno, as
batatinhas vão se reproduzindo em indivíduos iguais, como Júpiter em Aquário.[6]
Então vamos para a Etiópia, pois é onde fica Jopa, a cidade atacada por
Cetus.
Os textos também colocam como Etiópia como o ponto de onde partiu Jonas
no barco do qual foi jogado no mar, mas as fronteiras geográficas mudam, e
naqueles tempos era conhecido como Etiópia grande parte do norte da África e não
só o que hoje é delineado como o país.[7]
Aproveito também para lembrar que nos tempos antigos as baleias eram
consideradas monstros. Imagine você, navegador da juventude da nossa civilização,
começando a conhecer os mistérios do mar, e se depara com esse animal
gigantesco cuja movimentação mexe com tal volume de água que pode tirar o seu
sossego.
Da Etiópia faremos duas receitas: Shiro Wat - lava incandescente da casa 4.
E Ye’abesha gomen, uma couve com punchs e também muita vitamina.
Marte também trata do nosso sistema imunológico e está jubilado. Então
vamos fornecer todo o material que ele precisa para estruturar nossas defesas:
nutrientes! Não adianta muito estar bem disposto e não ter ferramentas pra
trabalhar.
A culinária etíope tem um pão chamado injera, preparado com um grão que
não encontrei aqui na cidade, o teff. É um pão com uma cara linda de panqueca,
todo furadinho. Como o teff fermenta por três dias, seu sabor fica bem pungente
acidinho.
No lugar da injera vamos de panqueca de inhame, que não tem o
azedinho-ácido então a gente complementa com palmito em conserva. Com limão
extras. Pow!
A estrela Vega deve estar em todo o processo. Cozinhar tem ritmo, oferecer a
comida tem encantamento. Ofereça a Marte para que ele seja significador jubilado
do nosso sistema imunológico mais do que da ameaça, para que a energia ariana
seja impulso de vida e a temporada na barriga da baleia seja realmente uma etapa
na jornada do heroi, e que seja transformadora.
Claro, coloque música. Sugiro que você inclua essa [8], na versão da
Pimentinha.
Ainda sobre a Vega: se você gostou de cultivar brotos, dê bom dia a eles, em
voz alta. Se eles estiverem no ponto de colheita, traga também para essa refeição.
Refogado rapidamente como indicado no menu passado.
De sobremesa:
"Café : Noir comme le diable
Chaud comme l'enfer
Pur comme un ange
Doux comme l'amour." [9]
A Etiópia é o berço do café, a casa 4 do café.
Notas:
[1] GRAVES, Robert. Os mitos gregos. vol I. RJ: Nova Fronteira. 2018. pág 365-6
[2] Baten Kaitos é uma estrela da natureza de Saturno, o senhor do Tempo.
Situações apavorantes também são afins a ele, já que seu júbilo é na casa 12, a
casa dos pesadelos, da loucura, das prisões e dos inimigos invisíveis
[3] a Lua é a significadora do povo em mapas de Astrologia Mundana
[4] gostei de como isso foi ilustrado
nesta animação, com a imagem do casulo, e
depois o fogo nos olhos
[5] poderia ser pior:
via @70s_party
[6] pra quem quer um buraco mais embaixo é pertinente o conceito de rizoma de
Deleuze e Guattari. A entrada pode ser
aqui.
[7] https://pt.wikipedia.org/wiki/Eti%C3%B3pia_(Gr%C3%A9cia_Antiga)
[8] Se eu quiser falar com Deus, de Gilberto Gil
"Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com
Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com
Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar"
[9] de Talleyrand
"Café: escuro como o diabo
quente como o inferno
puro como um anjo
doce como o amor."
Menu-lunação Áries
Gengibirra
Shiro Wat
Ye’abesha gomen
Panqueca da barriga da baleia
Café
GENGIBIRRA
Prepare com dias de antecedência. A fermentação depende da temperatura mas se
não estiver muito frio, três dias é o bastante.
Para quem mora em cidade grande, recomendo preparar com água mineral. Já fui
frustrada várias vezes porque o fermento não consegue sobreviver e muito menos
se multiplicar com a quantidade de substâncias da água, mesmo filtrada e fervida.
Em uma garrafa pet de 2l coloque:
1 xíc açúcar
1 cc fermento biológico seco
misture
No liquidificador, bata bem:
2 cS gengibre fresco picado
água
suco de 1 limão
Coe e junte ao açúcar com fermento na garrafa.
Coloque água até uns 3cm da borda e mexa bem para que tudo fique bem
misturado e dissolvido.
Para fechar a garrafa, aperte seu corpo até que o líquido chegue até a borda e
então tampe. Ela ficará amassada. Quando o fermento ficar ativo e gerar CO2 a
garrafa vai estufar. Quando estiver bem dura, um dia ou dois depois desse preparo,
coloque na geladeira porque está pronta.
Abra com cuidado, de preferência sobre a pia.
SHIRO WAT
Para a lava incandescente, faremos três pré-preparos:
1) Massala Berbere
As massalas são misturas de especiarias.
A quantidade indicada resultará em mais Berbere do que será necessário nesta
refeição, mas você pode utilizar em outros preparos.
Misture:
½ cc canela em pó
1 cc feno grego moído
1cc cardamomo moído
1 cc coentro em pó
½ cc cravo em pó
1cS pimenta caiena
1cc cominho em pó
½ cc pimenta jamaica
¼ xíc páprica doce
¼ cc noz moscada ralada
2) Farinha Shiro:
2 cS berbere
175g farinha de grão de bico
Leve a farinha de grão de bico a uma frigideira grande e mexa sempre, em fogo
médio, até tostar uniformemente. Adicione a massala e deixe esfriar bem espalhado
ou mexendo de vez em quando para liberar o vapor/umidade.
3) Niter Kibbeh
É uma manteiga temperada. É opcional mas fica realmente muito bom com ela.
Como a massala, a quantidade é mais do que necessário para esta refeição, mas
divirta-se em outros preparos.
250g manteiga vegetal
5 dentes de alho
½ cebola
5 fatias de gengibre
7 cardamomos
3 cravos
25g manjericão tailandês
1cS manjericão seco
1/2cc hortelã
1cc canela
½ cS cúrcuma em pó
Preparo da sopa:
Em uma tigela, dissolva a farinha shiro em 500ml de água fria.
Coloque água para ferver.
Em uma panela, aqueça óleo e refogue 1 cebola picada; quando estiver translúcida
e macia, junte 2 ou 3 dentes de alho ralados ou bem picados. Deixe o alho refogar.
Acrescente os tomates picados mas reserve alguns para a finalização.
Adicione ao refogado a farinha hidratada mexendo sempre, pois ela vai engrossar. É
como fazer polenta.
Não deixe de mexer. Quando começar a ferver, acrescente mais água quente até
que fique mais lisa e quando ferver novamente tampe a panela antes que comece a
borbulhar e a lava quente atinja seu braço.
Deixe cozinhar 15 minutos, apague o fogo e quando a lava oferecer segurança,
mexa bem, confira a consistência, o tempero e salgue.
Sirva com tomate cru picado e gengibre fresco se estiver novo e tenro. E a manteiga
temperada.
PANQUECA DA BARRIGA DA BALEIA
O preparo é muito simples mas você pode ver a carinha dela
aqui:
Descasque inhame, rale, salgue e acomode sobre uma frigideira untada, em uma
camada fina. Use uma espátula de silicone para alisar e arrumar as bordinhas.
Deixe cozinhar em fogo baixo por alguns minutos, vire e deixe cozinhar do outro
lado.
Fiz um teste misturando o inhame cru ralado com fermento natural e deixei um dia
em temperatura ambiente, para ter o sabor mais próximo da injera (do que imagino
dela) e amei o resultado.
O inhame é conhecido por diferentes nomes, dependendo da região. É esse:
YE’BASHA GOMEN
As receitas variam bastante então não se preocupe se não tiver um ou outro
ingrediente. Sei que a lista de compras de especiarias está comprida já com a
masala berbere. Você pode trazer de lá a caiena e também o cominho, se quiser.
4 cS de manteiga vegetal ou óleo de girassol (não use a manteiga temperada)
¼ cc sementes de cardamomo
¼ cc fenogrego
½ cc gergelim preto
1 cebola
2 dentes de alho
pimenta
1 dedo de gengibre
5 folhas de couve
pimenta do reino preta
½ limão
Corte a cebola em julianas finas; para isso corte a cebola longitudinalmente e então
corte fatias do dentro para fora.
Pique ou rale o alho e o gengibre. O gengibre velho é muito mais forte do que o
novo, por isso é muito difícil definir a quantidade dele em uma receita. Se ele estiver
fibrosinho coloque menos, a não ser que você ame gengibre.
Se necessário, moa, amasse ou pique bem as sementes de cardamomo, fenogrego
e a pimenta do reino.
Corte a couve em tiras. Não precisa ser tão fininha como estamos acostumados.
Pode ser até 1cm de largura, mas não deixe tão comprida para não virar um
talharim.
Aqueça uma panela em fogo médio. Adicione o cardamomo, fenogrego e o gergelim
preto. Mexa por um minuto.
Aumente um pouco o fogo e adicione o óleo/manteiga e junte a cebola, mexendo
até que ela fique transparente já ficando marronzinha, uns 10 minutos.
Junte então o alho, o gengibre, a pimenta se for fresca e mexa por mais uns 3
minutos.
Só então adicione a couve, um tiquinho de água pra recuperar o tempero que
grudou na frigideira e deixe refogar. Quando estiver macia salgue, apague o fogo e
coloque o limão na hora de servir.
LISTA DE COMPRAS
para três pessoas
Feira
limão - 2un
tomate maduro- 6un
inhame - 6un
cebola - 2un
alho 2 cabeças
pimenta fresca
gengibre fresco
couve - 1 maço
manjericão
hortelã
Secos e molhados:
especiarias em quantidades mínimas:
feno grego
cardamomo inteiro
coentro em pó
cravo em pó
pimenta caiena
cominho em pó
pimenta jamaica
1/4 xíc páprica doce
noz moscada
pimenta do reino preta
canela
cúrcuma em pó
gergelim preto
manjericão seco
farinha de grão de bico - 175
açúcar - 180g
fermento biológico seco - envelope pq
água mineral sem gás de 2l
300g manteiga vegetal
café
[texto enviado na data da lunação para apoiadores, publicado aqui em 29/12/24]
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