19 abril 2020

Somos feitos do mesmo pó das estrelas: Alrischa

                 Bom dia. Hoje é o dia do Sol.
                 A Lua só num fiapinho de luz na superfície da água. O brilho mutável hipnótico. Ontem foi um dia estranho, um dia de mar. Um peixe pra cada lado neste imenso mar interno. Como cantou Caymmi: "O mar... pescador quando sai nunca sabe se volta, nem sabe se fica. Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos nas ondas do mar."
                 Dia estranho mesmo.

                 Os luminares não se vêem. Mais do que isso, a Lua está na 12 do Sol, a casa do mar abissal, onde vivem o Peixe diabo negro, o Viperfish dente de sabre, o Tubarão boca grande e o Kraken, claro.
                  A Lua até que vê seus dispositores: Júpiter está em queda, e o contato com Vênus foi bem do quadrado. Em Gêmeos e em Capricórnio, um pra cada lado numa contra-antíscia.

                 No começo da madrugada, o Sol encontrou o o Lote da Fortuna no grau de uma estrelinha fixa, a Alrischa, do signo dos Peixes.
                 Os peixes são Vênus e Cupido, transformados para que pudessem se atirar na água e escapar do titã Tifão. Para que não se perdessem um do outro são amarrados com um cordão. Alrishca está nesse cordão.

                 Tal qual nós, minguando nessa lunação de questões fortes de casas 4 e 12. Que alento uma estrela bonita refletindo seu brilho nesse marzão e dando um apoio para a sanidade. É dia do Sol!

                 Minha Alrishca ontem foi essa masala. Mutável como peixes: ficou tão boa no almoço, com o grão de bico com legumes tostados (com mais pimenta) quanto nos cookies da tarde (com mais canela). Agradável e sexy, apareceu enquanto eu procurava o tempero para o Cisne, antes de o Cardamomo me convencer de que ele sozinho é Júpiter.

2 folhas de louro
8 vagens de cardamomo
1 pedaço pequeno de pau de canela, quebrado
1 cc de erva doce
Toste um tiquinho pra abrir os aromas (a erva doce só no finalzinho), espere esfriar e moa.


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