20 julho 2020

Segunda lunação de Câncer



                 Tenho convivido com uma imagem que a Canela da @jornadamaisleve trouxe dia desses e que me impactou de verdade: o grau 28 de Capricórnio, onde está Saturno, é o grau máximo de exaltação de Marte. Por ser Capricórnio signo melancólico, ela trouxe a imagem daquele que forja o metal. Primeiro caçando pedras, quebrando cada uma para conhecer seu interior e as que têm metal são colocadas no calor, e assim se tira o metal da terra.

                 Nesse intervalo me dei conta de que já estava atrasada na colheita da cúrcuma e lá fui. A cúrcuma se desenvolve escondida na terra. Não tão misturada e portanto não é tão árduo o trabalho para separá-la, mas ainda assim ela cresce lá, escondida. Tal qual a segunda lunação de Câncer, em que o encontro entre os luminares acontece na casa 8, uma casa do escondido, já que não faz com o Ascendente um dos graus considerados como aspecto na Astrologia Tradicional.

                 Com a cúrcuma colhida pintei um pão. Não é sempre que a gente tem um Sol fechado em Câncer na casa 8 pra fazer um forno. Um forno duplo, aliás, porque o pão é assado na panela tampada, que funciona como um forno dentro do forno (e isso mantém a umidade apesar do calor).
 
                 Numa lunação assim, que gesta algo que nem a gente sabe o que é, o jeito é aguçar a percepção, e se empenhar. O pão amarelo já prepara também para a entrada dos luminares em Leão.

                 A Saturno, acrescentei também uma pitada de pimenta do reino, as pedrinhas quebradas no pilão. Pode dar uma arranhada na garganta.

                 A Canela observou também que a gente sente urgência demais em coisas que só o Tempo pode entregar, e sugere que nosso trabalho agora é de mineração daquilo que a gente é.

                 Te agradeço muito, Canela


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